sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

PAIXÃO DE INFÂNCIA


Fotomontagem CM

APAIXONADO POR SIMCA, ENGENHEIRO MECÂNICO CONVIVE COM OUTRAS PAIXÕES POSSÍVEIS 


O Simca Jangada era um dos modelos fabricados pela montadora no Brasil.
Foto Pinterest












Por Guilherme Augusto Zacharias

Já ouviu falar em ‘amor platônico’, aquele sentimento unilateral cultivado por alguém ou por algo de quem ou de que as únicas coisas que se tem são a distância e a vontade de ter?


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Pois é… Assim o engenheiro mecânico João Carlos Monteiro, de Vitória, nutre pelo Simca uma paixão enraizada na infância e que nem o tempo nem a ausência conseguiram mudar. 


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A paixão começa em 1960, quando o avô paterno, João Monteiro, e o pai, Luiz Carlos Monteiro, abriram em Vitória uma revenda da Simca do Brasil, que de 1959 a 1967 fabricou vários modelos, entre eles, o Chambord, Rally, Tufão, Alvorada, Jangada e Présidence.


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João Carlos ainda não possui um Simca, mas o sonho continua.
Fotos acervo de família

"No início dos anos 2000, quando comecei a me interessar por carros antigos, infelizmente não consegui realizar o sonho de ter um Simca, porque é um carro caro, difícil de comprar, difícil de manter, enfim, não era para o meu bico", conta, resignado, João, que acabou comprando seu primeiro carro antigo em 2003, um Puma GTS 1977, há 20 anos com ele. 

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O Gurgel X12 TR 1980.

Além do Puma, o engenheiro, que é membro do Puma Clube-ES, possui um Gurgel X12 TR 1980 e um Gurgel Supermini 1992. João explica a sua preferência por esses tipos de Antigos. "São todos carros nacionais com carroceria de fibra, além da mecânica Volkswagen, mais fácil de manter", diz.    



João Carlos, de camiseta listrada, junto ao pai,
ao avô e ao irmão mais novo, Luiz Carlos,
em um evento de lançamento do Simca
Emi-Sul, em 1966.


Ao que tudo indica, o sonho de ter um Simca pra chamar de seu está apenas adormecido em algum lugar da mente e do coração de João, a julgar pela sua declaração ao final da entrevista. "Eu não tenho garagem disponível para os carros antigos, então eu fico me controlando para não ter mais carros (antigos); a mulher não deixa mais...


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Aí, como vontade é coisa que dá e passa, quando ela (a vontade) vem, a gente fica sentadinho, quietinho, que ela vai embora e a vida continua". É ou não é uma declaração de amor?


O Supermini 1992.



A fachada da João Monteiro SA, em Vitória, que funcionou de 1960 a 1969 como revendedora Simca, encerrando suas atividades pouco mais de um ano após a Chrysler do Brasil encampar a Simca e descontinuar a fabricação dos seus modelos.






Encontro Nacional Willys

EVENTO  EXCLUSIVO COM MODELOS QUE MARCARAM ÉPOCA NO BRASIL


A Willys-Overland do Brasil apresentou, em 1954, o primeiro Jeep fabricado no País, o CJ-3B. Lançado em 1960, o Aero Willys teve duas versões, evoluindo para a versão mais luxuosa, o Itamaraty, em 1966. A Rural Wiilys foi outro ícone fabricado pela empresa no Brasil, um utilitário que caiu nas graças do consumidor. Já o Gordini, que na Europa era chamado de Delphini, foi fabricado em parceria com a francesa Renault entre 1962 e 1968.
Fotomontagem CM 

A história da trajetória da Willys-Overland Motor Company, no Brasil, já não é novidade pra ninguém, sobretudo para os antigomobilistas; mas nem por isso o assunto se esgota com facilidade, porque são eles mesmos, os aficionados pela marca, que dão um jeitinho de mantê-la viva, sempre.


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Aliás, vivíssima, como bem perseveram os organizadores e expositores do Encontro Nacional Willys, que é realizado desde 2018 e caminha para a sua 4ª edição nos próximos dias 24, 25 e 26 de março, na cidade gaúcha de Nova Petrópolis.

O Willys Interlagos, fabricado entre 1962 e 1966, foi
o primeiro carro brasileiro conversível.
Foto Vintage Garage

No Encontro, claro, muitos modelos Willys - são esperadas entre 220 e 250 inscrições de expositores - fabricados no País entre 1957 e 1975 e um público estimado pelos organizadores em 5.000 pessoas, nos três dias do evento. 




Veja o clip, produzido pela Clássicos Medeiros, do 3º Encontro Nacional Willys (2022), que aconteceu em São Bento do Sul (SC).



Além de poder curtir as raridades e trocar ideias sobre o legado que a Willys deixou para a História automobilística brasileira, durante o Encontro os participantes terão à disposição a comercialização de peças e acessórios da marca.



Fabricado entre 1960 e 1971, o Aero Willys usava motor Jeep e foi o primeiro carro nacional a ser equipado com ar condicionado. Nesta foto de família, que este escriba não resistiu em publicar aqui, minha mãe e meu pai com seu Aero 62 ao fundo, no ano de 1968, em Barra de Guaratiba (RJ).



Veja a programação do 4º Encontro Nacional Willys.

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