NA PISTA
Fotomontagem CM |
"Os veículos de ontem nas estradas de amanhã nos ajudarão a crescer e aproveitar o futuro"
A DIFÍCIL PLACA PRETA
Foto arquivo pessoal |
Alguém já disse que "Fusca que se preza não ganha Placa Preta". Até ganha, se o proprietário resistir à tentação de fazer aquela modificação aqui, ali e acolá, andando para frente e para trás no tempo, de acordo com o gosto de cada um.
Este VW Fusca 1600, ano 1985, do colatinense Marinelson Benacchio, membro do Primitivus Volks e Cia., já foi um ‘Bizorrão’ improvisado, quando seu antigo dono colocou a entrada de ar preta na tampa do motor e as rodas aro 14” do VW Brasília.
Já nas mãos de Marinelson, o Fusca quase voltou ao estado original, não fossem o estribo, a entrada de ar traseira, agora prateada, as calotas de Brasília, os retrovisores raquetes e faróis cibie, entre outros detalhes modificados, que deixaram este Fusca Amarelo Manga - ou será Amarelo Imperial? - um pouco mais longe da total originalidade.
E POR FALAR EM ORIGINALIDADE...
Em plena Ditadura, no início da década de 1960, mandava quem podia e obedecia quem tinha juízo. Pois o governo militar resolveu incrementar um programa chamado 'Carro Econômico', e exigiu das montadoras que oferecessem ao mercado carros simples e de baixo custo.
E assim foi feito, com os lançamentos da DKW Vemaguet 'Pracinha', o Simca Chambord 'Profissional', o Gordini 'Teimoso' e o Fusca 'Pé de Boi', este último, exageradamente simples.
Tão simples que não trazia sequer alguns itens básicos, como luzes indicativas de direção na dianteira, marcador de gasolina, tampa do porta-luvas, iluminação interna, cinzeiro e... a logomarca VW. Teria a própria montadora se envergonhado de tamanha peladeira?
Fato é que em menos de dois anos de produção, o 'Pé de Boi' 1200cc não chegou a vender três mil unidades, revelando-se um fracasso retumbante de vendas. Hoje, encontrar um exemplar do Fusca 'Pé de Boi' original não é tarefa das mais fáceis, já que, como brinquedos Lego, a maioria dos proprietários foram acrescentando os itens que faltavam em seus modelos.
ERA LEBRE
Fotos CM |
Este Opala de Luxo, ano 1974, do empresário Celso Lerback (Lertoff & Dular), trazido por ele para Colatina há 15 anos, foi objeto de preocupação da maioria dos antigomobilistas da cidade quanto ao seu verdadeiro estado de conservação, ou seja, uma verdadeira aquisição 'gato por lebre'.
Quando entrou para a restauração, pelas mãos de Sérgio Soella (in memoriam), é que ficou constatado a integridade externa dessa raridade, como explica Lerback, que é um dos fundadores do Norte Clube Carros Antigos de Colatina.
"Havia uma certa desconfiança mesmo, mas, assim que o Sérgio deixou a pintura no osso, ficou constatado que não havia sequer um pedacinho de plastic por baixo da pintura", lembra.
PARA A FIVA, MAL-VINDO
Fotomontagem CM |
Nem só de aparência vivem os Antigos. A recente - e necessária? - onda de eletrificação de veículos clássicos, motivou a FIVA a publicar uma declaração sobre o assunto em sua página na Internet. Para a entidade, que deixou claro que não apoia esse procedimento, o entendimento é de que a motorização elétrica deve ser feita de maneira transitória e resguardando-se todos os componentes originais.
Entenda melhor aqui.
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