OFF ROAD, NÃO
Ao aceitar o convite de um amigo, também motociclista, para dar um passeio em Resplendor (MG), o fisioterapeuta e sommelier de cervejas Raphael Matuchaki não imaginava que iria participar de uma verdadeira trilha pelo interior daquele município mineiro.
Raphael, que é proprietário de uma Harley Davidson Night Rod - considerada uma fera no asfalto pelas suas características de robustez do conjunto e elasticidade na motorização, além de muito boa em retas e curvas - ‘descobriu’ da pior maneira que sua moto não nasceu para estradas de lama esburacadas e pedregulhadas.
O saldo negativo foi um um calço do motor quebrado e as dores pelo corpo ao final da aventura.
A PLACA É PRETA
Foto Internet |
No final, prevaleceu o bom senso. Depois de sete anos de suspense, apreensão e mobilização das agremiações de carros antigos, desde a assinatura da Resolução Mercosul nº 33/2014, que obrigava o uso das novas placas de identificação nos veículos no Brasil, os antigomobilistas voltam a respirar tranquilos com relação à placa Mercosul para os Antigos com o mínimo de 80% de originalidade.
A boa e velha Placa Preta permanecerá chancelando aquelas raridades sobre rodas que alcançaram a plenitude da originalidade ou que estão muito próximas dela. É o que determina a mais recente resolução do Conselho Nacional de Trânsito - Contran.
MERCADO DE OURO
A Federação Internacional de Veículos Antigos - FIVA divulgou recente pesquisa socioeconômica, elaborada pela JDA Research, do Reino Unido, sobre os números do mercado antigomobilista no Brasil. Foram entrevistados 1.097 proprietários e entusiastas de Antigos. A pesquisa foi feita online entre os meses de agosto e novembro de 2020.
Além da pesquisa virtual, a JDA Research apurou diversos dados sobre o Antigomobilismo no Brasil que revelam números impressionantes. Dentre outras informações, a pesquisa mostra que, hoje, o País conta com 3,2 milhões de Antigos Históricos, cerca de 3% da frota de veículos no Brasil.
Mais impressionante ainda são os valores que envolvem todo o segmento antigomobilista por aqui. Entre gastos diretos e indiretos, compra e venda de veículos antigos e eventos da categoria, os antigomobilistas injetam no mercado nacional cerca de R$ 32,6 bilhões todos os anos.
Conheça os detalhes da pesquisa acessando aqui.
NEM NOVO NEM ANTIGO
Foto Amba |
Em alguns lugares do mundo nunca haverá um passeio de carro, antigo ou novo. E um desses lugares será a cidade de Neon, na região noroeste da Arábia Saudita, que está sendo construída para ser um local sem veículos, sem estradas e sem emissão de carbono, com 95% de sua extensão em área verde.
Anunciado em 2017 pelo governo saudita, o projeto da megacidade futurista começou a ser executado em 2021 e deverá terminar em 2024.
Com investimentos em torno de U$ 500 bilhões, Neon foi apresentada pelo príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman à imprensa como “The Line”, a cidade que poderá acomodar um milhão de habitantes nos seus 170 km de comprimento.
Conheça mais sobre a megacidade saudita, aquela onde os antigomobilistas provavelmente nunca irão se reunir, aqui (com a AMBA).
MERECER, MERECE
Foto Jefté Dias |
Este Ford Custom 1951 é o ‘patinho feio’ da Garagem do Futrica, do advogado colatinense Wellington Bonicenha, colecionador com pouco mais de duas dezenas de Antigos. Ainda não se sabe se o modelo ficará para a posteridade do jeitinho que se apresenta ou receberá a merecida restauração para poder brilhar na companhia de outras raridades acomodadas naquele precioso reduto. É esperar para ver.
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